Desacelera consumo de vídeos e lives no país. Cresce streaming e uso de desktops para acessar a internet

Por Mayanna Estevanim, pesquisadora do COM+

A pandemia tem influenciado os hábitos dos brasileiros em relação ao consumo em mídias digitais. Se no ano passado, com o decorrer do isolamento, aumentaram os acessos, neste ano uma pesquisa da empresa de consultoria Nielsen, em parceria com a Toluna, mostra que diminuiu o tempo gasto com redes sociais, vídeos e música. A pesquisa intitulada Digital Consumer Study foi realizada com 1.127 pessoas e comparou os hábitos dos brasileiros em junho de 2020 com janeiro de 2021. Cerca de 12% dos entrevistados em janeiro disseram ter passado menos tempo nessas atividades.

O estudo revela que o consumo de conteúdo e de internet voltou aos patamares da pré-pandemia. Em junho de 2020, 67% dos entrevistados afirmaram que tinham aumentado o tempo dedicado à navergar nas redes sociais. Na edição mais recente, esse percentual recuou para 56%. As lives, que se tornaram bastante populares no início da pandemia, parecem não agradar tanto. Assistir shows de música ao vivo entre 18h e 22h caiu 16 pontos percentuais. 

Boa parte das justificativas diz respeito ao home office, inclusive no período da madrugada: 8% dos entrevistados de janeiro disseram trabalhar de madrugada, 4 pontos a mais que no levantamento anterior. O trabalho passou a consumir mais tempo online do brasileiro: 18% dos entrevistados disseram passar mais de 15 horas dedicados ao trabalho. Outros 23% afirmam que passam entre 10h e 15h por dia realizando atividades relacionadas ao emprego.

Segundo o levantamento da Nielsen e da Toluna foi crescente o interesse por conteúdo de streaming, que já passa o consumo da TV aberta em termos de horas. O YouTube lidera entre os canais mais utilizados, sendo citado por 86% das pessoas entrevistadoas. Netflix é citada por 77% das pessoas, Prime Video por 42% dos entrevistados. A pesquisa também aborda o uso do desktop no acesso à internet, que ficou em segundo lugar como a tela preferida para assistir a filmes e vídeos, perdendo apenas para o smartphone.

Meio & Mensagem e Revista Exame divulgaram outras informações sobre esse estudo. #dicacommais.

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